Extensão

Projetos de Extensão ativos

O Programa Dá Licença, registrado na Pró-reitora de Extensão da Universidade Federal Fluminense desde 1999, consiste de um conjunto de ações e de projetos articulados voltados para a formação inicial e continuada do professor de matemática, à melhoria do ensino e aprendizagem da matemática escolar e à divulgação da Matemática como ciência e produto cultural da humanidade, tendo como premissa básica a indissociabilidade do terno Ensino/Pesquisa/Extensão.

O projeto Jornal Dá Licença constitui-se de um Jornal intitulado ‘Dá Licença’ e, primeiramente, tem como alvo os docentes e discentes do curso de Licenciatura em Matemática da UFF, presenciais e à distância. Face ao rápido crescimento das atividades de pesquisa e das realizações de Encontros e Congressos em Educação Matemática, faz-se necessário manter o aluno do Curso de Licenciatura em Matemática informado e atualizado. Somado a isto, este projeto tem caráter formativo, contribuindo com seções específicas voltadas para a formação complementar do licenciando em Matemática. O Jornal é levado a termo por uma equipe interdepartamental constituída por cinco docentes do IME-UFF e um docente do departamento Sociedade, Educação e Conhecimento da FE-UFF. Além do corpo editorial fixo, contamos com colaborações de professores de variadas instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão através da elaboração de artigos, resenhas de livros, entrevistas, etc e de alunos e ex-alunos convidados para contribuírem com matérias, especialmente, para as seções “Dicas de Veteranos”, “Por onde andam os Ex-alunos” e ‘Me formei, e agora?’. Este projeto, integrante do Programa Dá Licença, vêm sendo utilizado como (i) veículo de comunicação da direção e da coordenação do IME-UFF, e da coordenação do Programa Dá Licença com a comunidade acadêmica e (ii) divulgação de trabalhos, ideias e experiências relativas a Matemática, Educação Matemática e áreas afins.

O projeto HQEM – História em Quadrinhos no Ensino de Matemática originou-se no grupo de estudos homônimo consolidado como uma ação do Programa Dá Licença desde 2018. Entusiastas das histórias em quadrinhos, o grupo aposta no uso dessa mídia como um elemento mediador para a resolução de problemas matemáticos. Caracterizada na literatura como uma linguagem popular, de fácil acesso e compreensão, os quadrinhos podem auxiliar na compreensão dos contextos dos problemas matemáticos de forma lúdica, eliminando obstáculos da língua materna e possibilitando ao professor o entendimento das dificuldades intrínsecas da linguagem e dos conceitos matemáticos. O projeto tem como principais metas: (i) a consolidação do grupo de pesquisa “Alfabeta-zação!” para licenciandos e professores interessados nas HQ como ferramenta pedagógica para a sala de aula de Matemática; (ii) a produção de material didático para o ensino e aprendizagem da matemática da educação básica; (iii) a orientação e produção de Trabalhos de Conclusão de Curso dos licenciandos em Matemática ou de dissertações e monografias de pós graduandos em ensino de matemática; (iv) a produção de artigos em periódicos especializados; e (v) a capacitação de professores da educação básica na utilização dessa mídia em sala de aula.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) surgiu para estimular o estudo da matemática, revelar talentos e criar um ambiente diferente e motivador na escola. Os estudantes mantêm contato com questões interessantes e desafiadoras e são estimulados a trabalhar em grupo. As provas são dirigidas a alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio. A primeira edição desta olimpíada de matemática foi realizada em 2005. De acordo com trabalho do ex-presidente do INEP Chico Soares, as escolas que participam ativamente da competição apresentam melhora no desempenho dos alunos de 26 pontos na Prova Brasil, o equivalente a 1,5 ano de escolaridade extra. A OBMEP é organizada pelo IMPA, com financiamento público e com o apoio de várias universidades do país. Na UFF, a OBMEP conta com três coordenadores regionais do estado do Rio de Janeiro encarregados pela logística de aplicação e correção das provas, e premiação dos alunos, assim como um coordenador regional do programa de Iniciação científica PIC-JR e da OBMEP na escola. Além disso, conta com dois dos três coordenadores a nível nacional dos programas PIC e OBMEP na Escola. Contamos ainda com o coordenador CR-RJ03 da UFRRJ. Com este projeto além de contribuir na formação dos alunos, pretendemos aproximar a UFF às escolas. Em especial apresentar os diferentes cursos da área de exatas.

A equipe da UFF é responsável pela aplicação, correção e procedimentos de premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática no estado do Rio de Janeiro. Além disso, é responsável pelo bom andamento dos programas Iniciação científica (PIC) e OBMEP na escola (ONE) a nível nacional.

O projeto Simetria: Jogos de Espelhos visa popularizar a matemática, através da produção, montagem e dinamização da exposição intitulada “Simetria: Jogos de Espelhos”, que se pretende que venha a estar disponível em espaços públicos da cidade, durante a vigência do projeto e que futuramente passe a ter uma versão itinerante que poderá ser levada a escolas e outros espaços. Pretendemos que possa ser visitada não só por crianças e adolescentes em idade escolar, mas por seus pais, familiares e pela população em geral. De forma lúdica e interativa, todos poderão aprender conceitos matemáticos e levar a mensagem de que matemática não são apenas cálculos num papel e pode até ser bem divertida. Esta exposição será uma nova versão da exposição “Simmetria: giochi di specchi”, originalmente desenvolvida pela Professora Maria Dedó do Departamento de Matemática “F. Enriques” da Universidade de Milão, que posteriormente teve uma segunda versão apresentada pela Associação Atractor no Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e que agora funciona como Exposição Itinerante. O foco principal é apresentar uma abordagem interativa para o estudo de Simetrias, uma área da Geometria naturalmente conectada com a Natureza, Arte e Arquitetura. Os principais objetos da exposição serão caixas de espelhos que funcionarão como “máquinas que constroem simetrias”, tanto no plano (2D) como no espaço (3D). Associado à exposição, teremos a criação de um site de divulgação e informação sobre a exposição e ações relacionadas, como agendamento de visitas escolares e encontros para formação de professores.

O objetivo deste projeto é a elaboração de atividades didáticas voltadas para o ensino e aprendizagem de Matemática na educação básica, usando a estratégia de ensino Modelagem Matemática, uma das tendências em Educação Matemática. Pretende-se construir atividades de modelagem levando-se em consideração a teoria das situações didáticas proposta por Brousseau e, quando possível, elaborá-las de modo que as mesmas propiciem a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade como promovido pela BNCC e pelos PCN’s. A fim de atingir as metas traçadas, pretende-se promover reuniões com o grupo formado de professores, licenciandos e recém-formados que fazem parte deste projeto para realização de estudos e pesquisas em torno dos temas citados. Como resultado desta ação, pretende-se divulgar estas atividades pela publicação das mesmas no website do Programa Dá Licença, programa este regularmente visitado por profissionais da educação básica, e aplicar as sequências didáticas desenvolvidas numa escola do ensino básico. Aventa-se como possíveis desdobramentos o incentivo à orientação e à produção de Trabalhos de Conclusão de alunos da licenciatura em matemática, bem como a produção de artigos em periódicos especializados e a capacitação de professores da educação básica na utilização dos temas discutidas durante a ação do projeto.