Homenagem ao Saponga, 30/4 no Zoom

Na manhã do dia 30 de abril foi realizado um evento online em memória de nosso querido professor, pesquisador e colega Sebastião (Saponga) Firmo, que faleceu no dia 26 de novembro de 2020 vítima da Covid19. Constou de quatro palestras e um espaço aberto para homenagens. Veja o cartaz do evento para divulgação aqui.

O evento ficou registrado no canal Youtube do IME-UFF via o link https://youtu.be/XqRYatqNQkc .

A faixa ‘O Show tem que continuar’ gravada em homenagem ao Saponga pelo Sambime pode ser escutada aqui e a apresentação com a música, fotos, materiais e uma emotiva fala do Saponga no final aqui.

Foto de grupo com a camara aberta no Zoom:

Programa:

HorárioPalestra
9:00-9:40Patrice Le Calvez (IMJ-Paris Rive Gauche)
Conservative surface homeomorphisms with finitely many periodic points. (Slides da palestra)
9:50-10:30Javier Ribón (UFF)
Fixed points of nilpotent actions on surfaces of negative Euler characteristic. (Slides da palestra)
10:30-10:50Coffee Break
10:50-11:30Christian Bonatti (CNRS/U. Bourgogne) (Slides da palestra)
Uma  prova de Druck e Firmo do teorema de Seifert da estabilidade da fibra da fibração de Hopf
11:40-12:20Paul Schweitzer (PUC-RJ)
Vida e obra do Saponga
12:30–Espaço aberto para homenagens.

No Espaço aberto para homenagens teve depoimentos, documentos, fotos, vídeos, etc. Pode usar o espaço ‘Comentário’ embaixo para deixar algum depoimento seja para este site ou para o espaço para homenagens (indicar se preferir que seja só para um deles). Os Comentários já publicados se encontram no fim desta página!

Sebastião (Saponga) Antunes Firmo se graduou em Física na Faculdade  de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, no Estado de São Paulo em  1972. Enquanto trabalhava como professor na PUC-Rio, fez o mestrado e o doutorado nessa instituição. Após três anos de  pós-doutorado em várias universidades da França, voltou a atuar na  PUC-Rio até 1992, quando ingressou como professor na Universidade  Federal Fluminense (UFF). Desde o início, Saponga foi muito atuante em  ensino e pesquisa, se tornando uma referência no Instituto de Matemática  e Estatística (IME). Em 2015, tornou-se professor titular da UFF. Ele foi, ainda, um dos artífices da transformação pela qual o IME passou nos  últimos vinte anos. 
Por iniciativa própria, criou vínculos com a  comunidade matemática e desenvolveu atividades que atraíram para o  Instituto jovens professores de alta qualificação. Foi vice-coordenador  da Pós-Graduação em Matemática no momento em que esta criava o seu  Programa de Doutorado e, entre 2009 e 2013, foi o seu coordenador. Nesse  período, o Programa subiu de quatro para cinco no conceito CAPES,  consolidando o Curso de Doutorado em Matemática. Além disso, em 2011,  Saponga trouxe para a UFF o Programa de Pós-Graduação PROFMAT, sendo o  seu coordenador até 2018. Este foi um programa em Rede Nacional que  contribuiu para a melhoria da qualidade do ensino de professores do  Ensino Médio em nosso estado. Saponga também fez parte do Conselho  Fiscal (2011-2018) e do Conselho Diretor (2019-2020) da Sociedade  Brasileira de Matemática. 
Na pesquisa, atuava, principalmente, na área  de Sistemas Dinâmicos, mais especificamente em Dinâmica Topológica e  Ações de Grupos. Visando criar equipes de pesquisadores, estabeleceu  pontes com o IMPA, a USP e universidades francesas, o que deu origem a  trabalhos relevantes na área a qual se dedicava. 
Saponga foi um  professor marcante e dedicado, um excelente pesquisador e um colega  inspirador. Sem dúvida, deixou um legado importante no mundo da  matemática, na UFF e nos corações de alunos, pesquisadores e professores  que tiveram a oportunidade de compartilhar atividades acadêmicas com  ele.

Aguardaremos a volta às atividades presenciais para dedicar o próximo encontro TopDin ao Saponga. Ele foi o promotor deste encontro nas suas primeiras dez edições.

Comissão organizadora:

  • Andrés Koropecki (UFF)
  • Begoña Alarcón (UFF)
  • Gabriel Calsamiglia (UFF)

43 comentários

  1. Conheci o Saponga em 2002. A partir desse momento estivemos trabalhando muito próximos, almoçavamos sempre juntos e se tornou um amigo querido. Em 2005 ele me pediu ajuda para encontrar um apartamento para ele morar. Levei um susto. Visitamos alguns apartamentos e ele foi morar na Rua Senador Simonsen, Jardim Botânico. Começamos a namorar, e descobri um homem apaixonante. Tantos sambas, danças, jantares e conversas divertidas. Foram 15 anos de muita alegria e leveza, sim, ele dizia que nosso amor era leve e doce. A família Firmo é minha família de alma e coração, amo cada um profundamente.
    Sebastião, meu Sapo Lindo, você faz parte de mim para sempre.
    Te amo

  2. Conheci o Saponga lá pros idos de 2005. Foi muito carinhoso e atencioso comigo, coisa que, confesso, eu não estava acostumado. Com o passar dos anos, passei a ter um afeto muito grande por ele.
    Eu aguardava ansioso a chegada de meados de fevereiro, época de ir pra Niterói e ficar hospedado no “cinco estrelas”, como ele gostava de dizer, pra participar do TopDin.
    Aquilo me surpreendia um pouco, porque nao erámos íntimos, de contato frequente, mas a sua presença me deixava relaxado e feliz, como a de poucas pessoas com quem convivi. Tenho certeza de que ele faz, e fará muita falta a todos que em algum momento estiveram ao seu lado.
    Se em alguns poucos instantes da vida, consigo ter leveza e uma espécie de otimismo juvenil, isso se deve, em grande parte, à imagem que eu tinha dele.

  3. Conheci Saponga pelo ano de 2008, após o término do doutorado, e rapidamente passei a admirá-lo pela energia positiva e empenho com que trabalhava para a UFF. E a generosidade, para que os jovens matemáticos tivessem um espaço para falar – na sua UFF – é algo que me marcou imenso. Sempre o lembrarei assim, humano, gentil, tranquilo, alegre e determinado!

  4. Conheci Saponga na época que fui funcionária na Pós Graduação em Matemática da UFF.
    Ele gostava de ensinar mesmo fora da sala de aula. Fui beneficiada por isto. Incentivada e orientada por ele aprendi uma linguagem matemática para símbolos que fariam parte do material de divulgação dos inúmeros eventos que ele organizava.
    Ele era metódico nos detalhes, muitas vezes, refiz meu trabalho por não estar totalmente perfeito. Entenda -se que um espaço a mais entre as palavras, era erro! rs
    Com ele, também, me familiarizei com as agências de fomento FAPERJ, FINEP, CAPES e CNPq através de prestações de contas, fomentos e outras demandas.
    Mudei de setor e, com certeza, meu trabalho foi fácil por conta da base que adquiri no GPM.
    Quis a vida que ele se casasse com minha ex cunhada ( não sei se existe ex cunhada rs) e voltamos a ter algum contato. Passamos algumas festas de final de ano juntos. Sempre acolhedor!
    Foi a ele que recorri para uma orientação para repassar para meu filho que estava estudando no exterior. O direcionamento foi importante, hj, meu filho é cientista em uma Instituição de Pesquisa no exterior. Hoje escrevendo, não sei se lhe agradeci o suficiente!
    Com uma convivência para além da UFF, descobrimos um ponto em comum, as plantas!
    E quis, novamente a vida, que eu herdasse algumas ( muitas) plantas dele!
    Sabem, neste contexto que estamos, poucas coisas são capazes de nos auxiliar neste momento. Penso eu que o amor, de uma forma ampla a familiares e amigos, a música e as plantas são uns dos dispositivos para nós manter bem mentalmente.
    Então, com muito carinho e cuidado, estou guardiã de suas plantas. E agradeço muito por isto, obrigada!

  5. Conheci o Professor Saponga quando eu ainda começava o Mestrado em 2001. Depois disso participei em diversos eventos da UFF. Assim que terminei o Doutorado, ele me convidou para o TopDin em 2017. Ele sempre foi muito amigável.

  6. Saponga foi sempre um excelente colega. Meu primeiro contato com ele foi na PUC/RJ, num curso de Geometria Diferencial, ministrado pelo Nathan, logo quando ele veio para o Rio de Janeiro, para fazer o seu Mestrado/Doutorado. Nessa época, frequentamos, como alunos, algumas disciplinas e muitos seminários do Pe. Paul Schweitzer. Escolhemos a mesma área de atuação na Matemática, ainda que linhas de pesquisa diferentes. Depois, voltamos a nos encontrar, como docentes na UFF. Saponga sempre muito dedicado ao ensino e pesquisa. Participou do início da formação da Pós-Graduação em Matemática da UFF, contribuindo para seu atual conceito de excelência. Foi sempre incansável na manutenção de Seminários de Pesquisa na UFF, que frequentava assiduamente, estimulando o intercâmbio com Pesquisadores que outras instituições. Ajudou a organizar os Encontros de Topologia que ocorreram na UFF. Quanto ao ensino, guardo do seu “Notas de Matemática Básica”, que escreveu em conjunto com Jorge Delgado (UFF) e Pedro Nóbrega (UFF). Como usei esse livro nos cursos introdutórios que ministrei! Lembro a organização do quadro negro das aulas do Saponga, sua letra pequena, mas super reta e legível. Por fim, acabei me aposentando na UFF, mas ingressei na UERJ. Mantive meu contato com Saponga, que continuou contribuindo e me auxiliando em meu trabalho, participando de bancas de alguns de meus alunos na UERJ. Sempre amável, colaborativo, um amigo com que podíamos contar. Saponga deixa muitas saudades e fará falta no campo profissional, tanto como Professor como como Pesquisador.

    1. Peço publicar o segundo comentário. O texto é praticamente igual, porém com algumas correções.
      Muito Obrigada

  7. Saponga foi sempre um excelente colega. Meu primeiro contato com ele foi na PUC/RJ, num curso de Geometria Diferencial, ministrado pelo Nathan, logo quando ele veio para o Rio de Janeiro, para fazer o seu Mestrado/Doutorado. Nessa época, frequentamos, como alunos, algumas disciplinas e muitos seminários do Pe. Paul Schweitzer. Escolhemos a mesma área de atuação na Matemática, ainda que linhas de pesquisa diferentes. Depois, voltamos a nos encontrar, como docentes na UFF. Saponga sempre muito dedicado ao ensino e pesquisa. Participou do início da formação da Pós-Graduação em Matemática da UFF, contribuindo para seu atual conceito de excelência. Foi sempre incansável na manutenção de Seminários de Pesquisa na UFF, que frequentava assiduamente, estimulando o intercâmbio com Pesquisadores que outras instituições. Ajudou a organizar os Encontros de Topologia que ocorreram na UFF. Quanto ao ensino, guardo do seu “Notas de Matemática Básica”, que escreveu em conjunto com Jorge Delgado (UFF) e Pedro Nóbrega (UFF). Como usei esse livro nos cursos introdutórios que ministrei! Lembro a organização do quadro negro das aulas do Saponga, sua letra pequena, mas super reta e legível. Por fim, acabei me aposentando na UFF, mas ingressei na UERJ. Mantive meu contato com Saponga, que continuou contribuindo e me auxiliando em meu trabalho, participando de bancas de alguns de meus alunos na UERJ. Sempre amável, colaborativo, um amigo com que podíamos contar. Saponga deixa muitas saudades e fará falta no campo profissional, tanto como Professor como como Pesquisador.

  8. Saponga foi sempre um excelente colega. Meu primeiro contato com ele foi na PUC/RJ, num curso de Geometria Diferencial, ministrado pelo Nathan M. dos Santos, logo quando ele veio morar no Rio de Janeiro para cursar o seu Mestrado/Doutorado. Nessa época, frequentamos, como alunos, algumas disciplinas e os seminários organizados pelo Pe. Paul Schweitzer. Escolhemos a mesma área de atuação na Matemática, ainda que linhas de pesquisa diferentes. Depois, voltamos a nos encontrar, como docentes na UFF. Saponga sempre muito dedicado ao ensino e pesquisa. Participou do início da formação da Pós-Graduação em Matemática da UFF, contribuindo para seu atual conceito de excelência. Colaborou na organização e manutenção dos Seminários de Pesquisa na UFF, estimulando o intercâmbio com Pesquisadores de outras instituições. Ajudou também a organizar os Encontros Brasileiros de Topologia (EBT) que ocorreram na UFF. Quanto ao ensino, guardo o seu “Notas de Matemática Básica”, que escreveu em conjunto com os professores Jorge Delgado (UFF) e Pedro Nóbrega (UFF). Como usei esse livro nos cursos introdutórios que ministrei! Lembro a ordem impecável com que escrevia no quadro negro, sua letra pequena, mas totalmente alinhada e legível. Por fim, acabei me aposentando na UFF, mas ingressei na UERJ. Mantive meu contato com Saponga, que continuou contribuindo com meu trabalho, participando de bancas de alguns de meus alunos na UERJ. Sempre amável, colaborativo, um amigo com que podíamos contar. Além do nosso convívio profissional, se tornou um bom amigo pessoal, não só meu, como de meu marido, Pedro. Os dois gostavam muito de conversar sobre vinhos. Saponga deixa muitas saudades e fará falta a todos os que conviveram com ele.

  9. Sobre o Saponga

    O apelido Saponga nasceu na época da ditadura quando ele cursava a graduação na UNESP-Rio Claro. A polícia espalhara na cidade cartazes de “PROCURA-SE” de um terrorista de codinome SAPONGA muito parecido com ele. Isso lhe valeu diversas idas à polícia com testemunhas para provar que não era o terrorista procurado. Ele se livrou da polícia, mas não do apelido, que veio com ele e os amigos para a PUC-Rio, e se eternizou.

    Nos conhecemos em 1977, então professores da PUC-Rio e alunos de doutorado do Paul Schweitzer. Ali teve início uma amizade e um grande companheirismo entre nós.

    Ele era um erudito em música popular brasileira. Cultivava uma preciosa coleção de discos de vinil de chorinho, que ele adquiria em lojas antigas no centro do Rio de Janeiro. Era também um exímio dançarino de salão em qualquer estilo de música, especialmente o samba.

    Por alguns anos Saponga, eu e meus filhos formamos uma família, foi uma época muito feliz e produtiva para nós cinco. Além dos meus filhos e da matemática, nossa vida era repleta de música, teatro, cinema que ele adorava, e jantares regados a bons vinhos que ele aprendeu a apreciar nas diversas idas à França. Tínhamos também plantas pela casa TODA porque ele tinha uma paixão especial por elas — e que era inteiramente correspondida. Ele foi um amigo muito generoso para meus filhos, com grande influência na formação deles, e eu lhe sou muito grata por isso. Num certo momento eu e ele decidimos voltar à condição de apenas amigos.

    Saponga tinha uma personalidade muito original; para começar era um anti-machista convicto, muito tempo antes que esse assunto fosse motivo de discussão em nossa sociedade. Era reservado e muito reflexivo, e de uma incomum distração, que lhe custava situações embaraçosas e hilárias; como ir diversas vezes ao mercado ou ao banco porque esquecia do que ia comprar ou pagar, fazer trajetos errados porque esquecia para onde estava indo.

    Como profissional, são conhecidas a sua seriedade e a sua competência, tanto na pesquisa quanto no ensino, e a colaboração significativa a ambas as áreas. Trabalhamos juntos por 37 anos, e o seu incentivo foi fundamental para eu assumir posições na Pós-Graduação em Matemática da UFF e na SBM — devo muito a ele pelo que realizei em ambas.

    Meigo, inteligente, divertido e o amigo de sempre, essa é a lembrança que eu, meus filhos e a minha neta mais velha, carinhosamente guardaremos dele.

    Suely Druck

  10. O Saponga foi um profissional eclético. Além de um consistente trabalho de pesquisa e formação de recursos humanos, a ser abordado nas intervenções técnicas, participou ativamente de várias iniciativas de cunho institucional, tais como: integração entre a graduação e a pós-graduação; elaboração do projeto do Programa de Verão, em muitas oportunidades; criação de um espaço adequado para a Biblioteca; criação de um ambiente de trabalho digno, em um sentido amplo; implementação de uma política de contratação docente que contribuísse para elevar o nível científico da instituição e o fortalecimento dos seus grupos de pesquisa; consolidação do Mestrado; criação do Doutorado.
    Antes de tudo o Saponga era idealista, independente, ligeiramente excêntrico e distraído, e gostava muito de viver. Sua ausência será sentida.
    Dinamérico Pombo Jr.

  11. O apelido Saponga nasceu na época da ditadura quando ele cursava a graduação
    na UNESP-Rio Claro. A polícia espalhara na cidade cartazes de “PROCURA-SE” de
    um terrorista de codinome SAPONGA muito parecido com ele. Isso lhe valeu
    diversas idas à polícia com testemunhas para provar que não era o terrorista
    procurado. Ele se livrou da polícia, mas não do apelido, que veio com ele e os
    amigos para a PUC-Rio, e se eternizou.
    Nos conhecemos em 1977, então professores da PUC-Rio e alunos de doutorado
    do Paul Schweitzer. Ali teve início uma amizade e um grande companheirismo
    entre nós.
    Ele era um erudito em música popular brasileira. Cultivava uma preciosa coleção
    de discos de vinil de chorinho, que ele adquiria em lojas antigas no centro do Rio
    de Janeiro. Era também um exímio dançarino de salão em qualquer estilo de
    música, especialmente o samba.
    Por alguns anos Saponga, eu e meus filhos formamos uma família, foi uma época
    muito feliz e produtiva para nós cinco. Além dos meus filhos e da matemática,
    nossa vida era repleta de música, teatro, cinema que ele adorava, e jantares
    regados a bons vinhos que ele aprendeu a apreciar nas diversas idas à França.
    Tínhamos também plantas pela casa TODA porque ele tinha uma paixão especial
    por elas — e que era inteiramente correspondida. Ele foi um amigo muito
    generoso para meus filhos, com grande influência na formação deles, e eu lhe sou
    muito grata por isso. Num certo momento eu e ele decidimos voltar à condição
    de apenas amigos.
    Saponga tinha uma personalidade muito original; para começar era um anti-
    machista convicto, muito tempo antes que esse assunto fosse motivo de
    discussão em nossa sociedade. Era reservado e muito reflexivo, e de uma
    incomum distração, que lhe custava situações embaraçosas e hilárias; como ir
    diversas vezes ao mercado ou ao banco porque esquecia do que ia comprar ou
    pagar, fazer trajetos errados porque esquecia para onde estava indo.
    Como profissional, são conhecidas a sua seriedade e a sua competência, tanto na
    pesquisa quanto no ensino, e a colaboração significativa a ambas as áreas.
    Trabalhamos juntos por 37 anos, e o seu incentivo foi fundamental para eu
    assumir posições na Pós-Graduação em Matemática da UFF e na SBM — devo
    muito a ele pelo que realizei em ambas.
    Meigo, inteligente, divertido e o amigo de sempre, essa é a lembrança que eu,
    meus filhos e a minha neta mais velha, carinhosamente guardaremos dele.

    Suely Druck

  12. Saponga foi meu orientador de Mestrado e Doutorado. O conhecimento que adquiri com ele é incomensurável. Sua perda é inestimável e seu legado, incontestável. Parabéns aos organizadores do evento.

  13. Sebastião, meu querido primo irmão, foi um presente de Deus. Pessoa linda, querida, que será sempre lembrada por sua simplicidade e humildade. É uma estrela que brilha no céu.

  14. Meu querido primo Sebastião encantou a todos que o conheceram .
    Enquanto cursava a faculdade em Rio Claro, costumava passar as férias em nossa casa numa pequena cidade no interior de São Paulo.
    Muito centrado em seus objetivos
    acordava muito cedo para estudar, enquanto todos ainda dormiam .
    Por toda vida dedicou -se constantemente aos estudos , que o fez destacar-se como um profissional brilhante.
    Superou os intempéries da vida com seriedade, honestidade e ética.
    Em nossas últimas conversas, no início da pandemia , demonstrou muita preocupação a respeito do futuro educacional de nosso país, especificamente.
    Sou grata a todos por essa homenagem por reconhecimento ao nosso amado
    Sebastião, um mestre exemplar , um ser humano inesquecível.

  15. Saponga sempre foi muito atencioso com todos, principalmente com os jovens pesquisadores. Sempre recebia o convite para seus eventos na UFF. Uma pessoa fantástica!

  16. O professor Saponga me ajudou bastante no inicio do doutorado com a procura da bolsa de estudos. Era sempre bom cumprimentar ele caminho às aulas. Obrigado.

  17. Lembro meu primeiro Topdin, quando o Saponga chegou com aquele cheque. Primeira vez que recebia por dar uma palestra. Nem sabia que isso era possível 🙂
    Depois descobri que ele adorava esse momento muito mais do que a gente!!
    O Saponga sempre morará no meu coração.

  18. Conheci o querido Saponga no começo de minha graduação na UFF e tive a honra de conviver com ele até o fim do doutorado e, depois, já como colega no GMA. Além da sua excelência matemática, chamava atenção o sorriso aberto, a disponibilidade para escutar e a boa vontade de dar excelentes conselhos.

    Eu gostaria de compartilhar um parágrafo de agradecimento a ele em minha tese de doutorado: “Ao professor Saponga, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Matemática da UFF, agradeço por todo o apoio. Agradeço por cada uma das conversas para as quais você me chamava; em todas, eu chegava morrendo de medo e saía profundamente inspirado, dada sua impressionante capacidade de compreender o que se passava comigo e dizer exatamente o que eu precisava ouvir”. Assim era o Saponga com todos os seus alunos. Uma pessoa incrível.

  19. Eu tive a grande oportunidade de conhecer o querido Saponga em uma matéria ao longo da minha graduação. Fico imensamente feliz de ter tido a oportunidade de captar um pouco dessa sabedoria que esse homem passava pra gente! Sempre gostei muito das suas aulas, e eles sempre foi muito preocupado com os alunos.

  20. Conheci o Saponga em 1978, quando ingressei no Programa de Pós-Graduação em Matemática da PUC-RJ, como aluno do mestrado. Ele já estava no doutorado. Sua convivência com os colegas sempre foi muito amigável e sua maneira distraída de ser já era lendária, especialmente quando aliada à de Plácido Andrade, um outro colega. Saponga sempre se distinguiu pelas suas habilidades como matemático pesquisador e professor. Naqueles dias atuávamos com auxiliares de ensino e ministrávamos aulas no CTC da PUC-RJ. Aprendi algumas coisas do ofício com ele.
    Posteriormente nos tornamos colegas na UFF e sempre ficou claro como ele se identificava com as atividades de pesquisa e da pós-graduação stricto-senso, mas também como abraçava com paixão e fina competência as atividades de ensino da Matemática de maneira geral. Basta apenas lembrar sua contribuição na revitalização dos programas de graduação em Matemática da UFF no fim da década de 1990 com seu envolvimento no ensino de disciplinas básicas, o que resultou também na produção das Notas de Matemática Básica, redigidas por ele em colaboração com Jorge Delgado e Pedro Nóbrega.
    Como diretor do IME-UFF, pude conviver com o Saponga durante o período em que o PROFMAT foi criado. O envolvimento dele neste projeto mostra como a sua atitude profissional era abrangente. É verdade que o IME-UFF já oferecia um curso de licenciatura em Matemática na modalidade a distância desde 2000, mas insisto como era desafiadora a proposta do PROFMAT naqueles dias. A participação e o empenho do Saponga, considerando seu prestígio e a sua atuação profissional, certamente foi de enorme valia para a sua concretização.
    Saponga certamente contribuiu para que o IME-UFF tenha atingido o nível de excelência de hoje, assim como são importantes suas contribuições para a pesquisa matemática no Brasil. Fará bastante falta como excelente profissional e como ótimo colega e amigo.

  21. Conheci o Saponga em 1978, quando ingressei no Programa de Pós-Graduação em Matemática da PUC-RJ, como aluno do mestrado. Ele já estava no doutorado. Sua convivência com os colegas sempre foi muito amigável e sua maneira distraída de ser já era lendária, especialmente quando aliada à de Plácido Andrade, um outro colega. Saponga sempre se distinguiu pelas suas habilidades como matemático pesquisador e professor. Naqueles dias atuávamos com auxiliares de ensino e ministrávamos aulas no CTC da PUC-RJ. Aprendi algumas coisas do ofício com ele.
    Posteriormente nos tornamos colegas na UFF e sempre ficou claro como ele se identificava com as atividades de pesquisa e da pós-graduação stricto-senso, mas também como abraçava com paixão e fina competência as atividades de ensino da Matemática. Basta apenas lembrar sua contribuição na revitalização dos programas de graduação em Matemática da UFF no fim da década de 1990 com seu envolvimento no ensino de disciplinas básicas, o que resultou também na produção das Notas de Matemática Básica, redigidas por ele em colaboração com Jorge Delgado e Pedro Nóbrega.
    Como diretor do IME-UFF, pude conviver com o Saponga durante o período em que o PROFMAT foi articulado e finalmente criado. O envolvimento dele neste projeto mostra como a sua atitude profissional era abrangente. É verdade que o IME-UFF já oferecia um curso de licenciatura em Matemática na modalidade a distância desde 2000, mas insisto como era desafiadora a proposta do PROFMAT naqueles dias. A participação e o empenho do Saponga, considerando seu prestígio e a sua atuação profissional, certamente foi de enorme valia para a sua concretização.
    Saponga certamente contribuiu para que o IME-UFF tenha atingido o nível de excelência de hoje, assim como foram importantes sua contribuição para a pesquisa em Matemática no Brasil. Fará bastante falta como excelente profissional que foi e como ótimo colega e amigo.

  22. Em 1997 iniciei o meu mestrado na UFF, foi ai que conheci o Professor Saponga como aluno na disciplina de EDO por ele ministrada. Até então eu não tinha noção de qual iria ser minha área de atuação na matemática, mas foi durante esta disciplina com as excelentes aulas do Prof. Saponga que as minhas preferênçias na matemática foram aparecendo e se consolidando. A partir daí mantínhamos mais conversas sobre matemática e a vida e, quando estava na hora de procurar orientador de mestrado não tive dúvida nenhuma em escolher ele. Foram tempos bons na UFF de muito trabalho e aprendizado. Depois do mestrado na UFF a gente sempre manteve contato, durante meu doutorado e como professor do ICMC – USP até pouco tempo antes da pandemia. Por um bom tempo, a gente se encontrava no encontros de Topologia e Dinâmica que ele organizava nos verões da UFF assim como algumas visitas que ele fazia ao ICMC, algumas veces como membro de banca de mestrado e/ou doutorado. Em fim, sou muito grato ao Professor Saponga: pela belíssima pessoa e excelente profissional que ele foi, por ter contribuído de maneira efetiva na minha formação como pesquisador. Sentiremos saudades!

  23. Saponga, esteve presente ao longo de toda minha formação acadêmica. Foi meu professor durante a graduação e também no doutorado, me auxiliou em decisões acadêmicas e me incentivou em momentos difíceis.
    Eu fiz parte da primeira turma de Doutorado da UFF. Depois do exame de qualificação que fizemos Romulo e eu, o primeiro a ocorrer na UFF, me lembro do Saponga vir me cumprimentar, dizer o quanto estava orgulhoso e adicionar: “Isabel, vamos pagar o jantar pros meninos.” Acho que esta frase simples descreve a gentileza do Saponga, o quanto ele se dedicava à UFF e se alegrava com cada pequeno avanço.
    Muito obrigada, Saponga. Certamente você fez diferença na minha carreira e também na de muitos outros colegas.

  24. Fui Secretária do GMA no período de 30 anos. Conheci o Saponga quando fez o Concurso para Professor no Departamento, no inicio ele não ia muito na secretaria, depois de um determinado tempo, passou a ser mais presente, foi ai que descobri a pessoa incrível que era, sempre quando passava no corredor, brincava comigo me chamando (Verinha) de uma maneira diiferente(engraçada). Quando a Mari me falou do falecimento dele, na minha mente ouvia direitinho ele me chamando da maneira engraçada. Admirava-o como gostava de dançar. Fui privilegiada ser Secretária do mesmo departamento em que o Saponga foi Professor!

  25. “Nosso grande Colega e Amigo Saponga deixou muitas saudades. Sua sinceridade, simplicidade e coleguismo conquistou nossos corações. Te amamos, Saponga! Que Deus te acolha em Seus braços. “

  26. Sou o primeiro aluno de doutorado de Saponga, conheci ele quando comece o meu doutorado na PUC-Rio, nos anos 90. Um dia presentei para ele com um licor de Erva doce (“Anizado Peruano”) ele ficou viciado nele, usava como digestivo, os próximos orientados Peruanos que teve, tinham a encomenda de lhe trazer. Conheci a fase de fumante dele e como deixou este vicio para se converter num maratonista sério (participando de várias maratonas no Rio). Essa força de vontade e sua competência a usou para criar o seu “Seminário de Sistemas Dinâmicos e topologia na UFF” é uma semente que acredito que vai continuar no futuro.
    A convivência na orientação e na vida nós fez bons amigos. Sou muito grato a ele.

    Alberto Sarmiento – UFMG.

  27. Eu o conheci no mestrado, ele foi meu tutor designado pela Comissão de Ensino e logo depois concordou em ser meu tutor da tese. Passamos muitas horas conversando e trabalhando em seu laboratório, onde eu deveria escrever a tese. Ele se tornou um amigo muito querido, aprendi muito com ele como matemático e como pessoa, uma das pessoas que mais admiro na minha vida. Obrigado Saponga!

  28. Saponga foi meu professor de Análise I (em Rn) no Mestrado. Durante o final do Mestrado e início do Doutorado, ele foi o Coordenador da Pós-graduação e me ajudou muito na época do Doutorado, e por isso tenho muita gratidão por ele!

    Falando em gratidão, nunca me esquecerei da vez em que ele reuniu todos os alunos de Mestrado, e bem emocionado disse que “nós sempre temos que ter gratidão pela nossa instituição “mãe” “, que neste caso é a nossa amada UFF. Essa frase ficou marcada na minha memória e eu faço questão de repassá-la para meus alunos.

    Muito obrigado por tudo Saponga!

  29. Em nome da coordenação do PROFMAT- UFF, quero externar a admiração ao Professor Saponga, que foi pioneiro na implementação do PROFMAT na UFF.

    O professor Saponga, como primeiro coordenador do Mestrado Profissional PROFMAT- UFF, acompanhou cada um dos alunos em suas orientações, em especial a primeira turma de 2011, promovendo o diálogo entre coordenador, alunos, docentes e orientadores, estimulando o compartilhamento de conhecimentos e experiências. E com orgulho viu que a equipe realizou com satisfação a defesa de todos os 24 alunos da turma 2011.

    Pessoalmente, sempre presente na UFF e acolhedor, elegante e toda vez que cruzávamos pelos corredores do Instituto cumprimentava e em conversa, com entusiasmo, tinha uma história para contar do que estava vivenciando em suas experiências em sala de aula.

    Suas contribuições estarão sempre presentes.

    À querida Mariana, todo nosso carinho e apoio.

  30. Estou na UFF, porque o Saponga divulgou e incentivou a que participasse no concurso. Sem dúvida, foi o colega que melhor acolheu os novos professores dessa época.

  31. Guardarei na lembrança, com muito carinho, toda a dedicação que o Saponga teve como meu professor quando postulante e quando aluno do programa de mestrado da pós-graduação em matemática da UFF, além da agradável companhia nos inúmeros almoços já como colegas de trabalho.

  32. Conheci Saponga no final do doutorado nos encontros anuais de TopDin. Foi muito surpreso pelo ambiente amigável que foi criado em grande parte pela presença e organização do Saponga. Depois foi ele quem me motivou em fazer o concurso e continua na UFF. Admiro muito Saponga como pessoa e pelo que ele fez para o IME.

  33. Querido colega, tranquilo e amável, além de excelente professor e pesquisador do IME-UFF. Deixará muito boas recordações para aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.

  34. Saudades amigo.

    Vai aqui uma pequena carta para uma pessoa que ainda está comigo.
    Saponga
    Já se foram 50 anos de uma grande amizade. Espero que eu tenha sido tão amigo seu quanto você demonstrou que foi meu amigo.
    Fizemos mestrado, doutorado, estudos juntos e simultaneamente. Foram momentos guardados por mim.
    Dividimos por décadas o mesmo gabinete e fizemos grandes mudanças nas nossas vidas, ombro a ombro.
    Como profissional, sua capacidade de trabalho e criatividade eram grandes.
    Sempre tive admiração por este profissionalismo.
    Somente se acalmava quando a pesquisa chegava ao fim.
    Sua obstinação foi um exemplo.
    Um enorme abraço

    Plácido Andrade

  35. Como todo bom matemático de verdade, estava mais preocupado em ajudar a Matemática florescer (nos jovens) do que com seus próprios egos e vaidades científicas. Uma jóia rara, um exemplo que fica para todos! Obrigado Saponga!

  36. Querido Saponga,

    Obrigado por todos estes anos. Foi um prazer compartilhar sala contigo e bater papo de manhã antes das aulas. Foi um prazer ir contigo sambar no Trapiche. Obrigado por me acolher tão bem na UFF durante meus primeiros anos. E obrigado pelo excelente trabalho no instituto. Sua dedicação foi essencial para tornar o IME no que é hoje. Agora somo nós que temos que assumir esta responsibilidade. O show tem que continuar!

  37. Participei do evento Dinâmica e Topologia na UFF, do qual o Saponga foi um dos principais organizadores, várias vezes. A primeira vez, em particular, tlz na primeira metade dos anos 2000’s, foi muito importante pra mim. A Viviane Baladi (que estava passando uma temporada no Rio) também estava dando um palestra, e percebemos uma conexão dos trabalhos sobre o qual estávamos falando. Esta primeira conversa deu origem a uma longa colaboração, que ainda esta dando frutos. O Saponga nos contactava todos os anos, lembrando pra avisa-lo informando de novos doutorandos, para convidá-los a participar do evento. Era uma grande oportunidade dos jovens pesquisadores conhecerem o Depto da UFF. Tenho certeza que esta iniciativa foi muito importante pra criar o grupo de jovens pesquisadores da UFF.

  38. Apesar de já passados alguns meses de um pico de sofrimento,continua muito difícil falar do acontecido.

  39. Prezados,
    Que droga. Foi meu professor de Calculo III. Excelente. Um gigante. Super correto, humano e profissional. Sempre que me lembro de Cálculo III o vejo na PUC no canto do quadro apontando uma superfície. Um campeão.

Deixe um comentário para Enoch Apaza Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *